A estudante Érica Machado de Oliveira, de 25 anos, que achou um bebê perto de casa, na Zona Leste de São Paulo, foi proibida na tarde desta quinta-feira (7) de visitar a criança no Hospital Infantil Cândido Fontoura, onde a menina está internada. Érica, as imãs e a avó chegaram à unidade hospitalar com esperança de ver a criança, encontrada sem roupa, dentro de um saco plástico na rua. “Não me deixaram chegar nem perto”, disse a estudante ao G1 assim que saiu do hospital.
“Disseram que não podiam passar nenhuma informação e eu deveria procurar a assessoria de imprensa do hospital se quisesse saber alguma coisa”, acrescentou Érica, que saiu por outra porta da unidade para evitar os jornalistas.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o bebê está sob a guarda do estado e só pode receber visitas mediante autorização judicial.
A secretaria disse ainda que a menina apresenta bom estado de saúde. Ela nasceu com 2,8 kg e está internada da Unidade de Terapia Intensiva. O hospital fica na Mooca, perto de onde Érica mora com a mãe e a irmã Luciana Machado de Oliveira. Foi Luciana que ajudou a cuidar do bebê quando a estudante chegou com ele no colo. Antes de saber que ia ser barrada pelos médicos, Luciana disse que estava “bastante ansiosa” para ver a criança novamente e mostrou revolta com quem a abandonou. “É muita raiva que tenho dessa mãe. Nem com um animal se faz isso.”
A criança foi encontrada quando a jovem passeava com a cadela de estimação da família, a lhasa apso Nina. O animal parou perto de uma sacola de supermercado. “Ela parou para cheirar e eu ouvi o choro. Abri o saco e encontrei uma bebezinha já roxinha. Ela estava peladinha, suja de sangue”, contou a estudante.