sexta-feira, 12 de junho de 2009

TRIBUTO AO CÃO

TRIBUTO A UM CÃOO mais altruísta dos amigos que um homem pode Ter neste mundo egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade, é o cão. Senhores jurados, o cão permanece com seu dono na prosperidade e na nobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos invernais sopram e a neve se lança impetuosamente. Quando só ele estiver ao lado de seu dono, ele beijará a mão que não tem alimento a oferecer, ele lamberá as feridas e as dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo. Ele guarda o sono de seu pobre dono como se fosse um príncipe. Quando todos os amigos o abandonarem, o cão permanecerá. Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, ele é constante em seu amor como o Sol na jornada através do firmamento. Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo, para protege-lo contra o perigo, para lutar contra seus inimigos. E quando a última cena se apresenta, a morte o leva em seus braços e seu corpo é deixado na laje fria, não importa que todos os amigo sigam o seu caminho: lá ao lado de sua sepultura se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas, os olhos tristes mas em atenta observação, fé e confiança mesmo à morte.Este tributo foi apresentado a um juri pelo ex-senador George G. Vest (então advogado), que representou o proprietário de um cão morto a tiros, propositadamente, pelo vizinho. O fato ocorreu há um séculona cidade deWarrenburg, Missuri, USA.O senador ganhou a causa e hoje existe uma estátua do cão e seu discurso está inscrito na entrada do tribunal de justiça, ainda existente na cidade.