APÓS DENÚNCIA DE ENVENENAMENTO, OUTROS 3 CAVALOS MORREM EM MACEIÓ
Agora são cinco os animais mortos em chácara no Village Campestre II. Duas éguas, uma delas prenha, ainda agonizam.
Por Derek Gustavo
Um dia após a denúncia do suposto envenenamento de sete cavalos em uma chácara localizada no bairro do Village Campestre II, outros três animais morreram na madrugada deste domingo (18), Agora, o número de animais mortos chega a cinco. Duas éguas, uma delas prenha de três meses, ainda agonizam.
Uma amiga da família, chamada Magna Soares, contou à reportagem do G1 que o tutor dos animais percebeu a morte dos três cavalos quando chegou à propriedade, na manhã deste domingo. "Eles não conseguiram fazer nada para evitar a morte dos três. Eles dizem que talvez consigam salvar uma das éguas, mas as chances são mínimas de que isso aconteça", explica.
Magna foi a responsável por fazer a denúncia do suposto envenenamento no sábado (17). O proprietário da chácara, Cícero Messias da Silva Júnior, disse que percebeu que os animais estavam passando mal na manhã do dia anterior. Um veterinário constatou os sintomas de envenenamento. "Acredito que algo foi colocado no cocho onde eles comem", falou.
O filhote da égua que está prenha, e que ainda está saudável, foi isolado. Outros dois cavalos haviam sido encontrados mortos. Apesar da gravidade da situação, Silva Júnior disse que não irá prestar queixa na polícia. "Já aconteceu isso outra vez aqui quando quatro cavalos foram envenenados e nada foi resolvido. Por isso não vou prestar queixa", disse.
Dois dos cavalos que morreram há dois anos pertenciam a José Antônio lamenha dos Santos. Ele lamenta estar passando pela mesma situação mais uma vez. "A gente luta, batalha para conseguir as coisas e aí vem alguém e faz mal a um animal desses. Isso não existe", desabafa.
Cães envenenados
A chácara onde os animais apresentaram sintomas de envenenamento é vizinha do Projeto Acolher, uma instituição que cuida de animais abandonados e vítimas de maus-tratos, e onde sete cães foram envenenados no dia 12 de novembro do ano passado. Quatro deles morreram no mesmo dia, e os outros alguns dias depois.
Em entrevista ao G1 na época da ocorrência, a presidente da instituição, Naíne Teles, disse que alguém deve ter jogado comida com alguma substância tóxica por cima do muro da sede. "Os animais foram acolhidos e viviam aqui na sede do projeto, nós só os alimentamos com ração e quando encontramos pedaços de tripa e carne desconfiamos de um envenenamento".
Alguns dias depois, no dia 25 de dezembro, voluntários do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa) denunciaram o envenenamento de 17 cães que estavam abrigados na instituição. O caso se deu em moldes semelhantes ao ocorrido no Projeto Acolher. Ao todo, 11 animais morreram.