DELEGADO DIZ QUE CAVALOS MORTOS EM AL PODEM NÃO TER SIDO ENVENENADOS
Gustavo Pires foi designado para investigar crimes ambientais em Maceió. Morte pode ter sido ocasionada por cólica estomacal, afirma delegado.
Por Roberta Cólen
Criador denunciava envenenamento de cavalos (Foto: Derek Gustavo / G1)A Policia Civil divulgou, na tarde desta quarta-feira (21), uma nova linha de investigação que aponta que os cavalos que morreram na última semana podem não ter sido mortos por envenenamento, como afirma o dono dos animais, mas sim em decorrência de uma cólica estomacal. O criador dos cavalos Cícero Messias da Silva Júnior, prestou depoimento nesta tarde, no 11º Distrito Policial (DP), localizado no Clima Bom, em Maceió.
De sete cavalos em uma chácara no Conjunto Village Campestre, na Cidade Universitária,seis morreram. O suposto envenenamento foi denunciado no último sábado (17). Dois cavalos morreram no mesmo dia. No início do dia seguinte, morreram outros três. No fim do domingo (18), o sexto cavalo não resistiu. Entre os animais que morreram estava uma égua prenha de três meses.
À reportagem do G1, o delegado Gustavo Pires, titular do 11º DP, e designado para investigar os crimes ambientais que acontecem na capital, informou que a morte dos cavalos podem ter sido em decorrência de uma cólica estomacal, com base nos sintomas que os animais apresentaram antes de morrer.
"Os animais estavam passando mal e o criador deu para eles refrigerante e antiácido estomacal para que a dor passasse, mas conversando com veterinários, descobri que isto é um veneno para quem sofre de cólica. Ainda me foi relatado que os cavalos chegaram a evacuar fezes pelo nariz, o que é em comum neste tipo de enfermidade, já que o estômago pode estourar, segundo diz os especialistas", afirma o delegado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, Silva Júnior afirmou que não chamou nenhum médico para cuidar dos animais doentes, por isso, a causa da morte deles não foi constatada. Questionado se tinha algum inimigo, o dono dos cavalos disse que vivia em harmonia com os vizinhos. “Ele nem era dono da chácara, mas disse que era amigo do proprietário e nem imaginava quem poderia ter feito isso”, informa.
De acordo com o delegado, o inquérito já foi aberto e para ser concluído vai juntar o depoimento do dono, das testemunhas que estavam presentes no local na hora em que os animais passaram mal, além da opinião de especialistas no assunto.
Ainda segundo o delegado, como os cavalos começaram a morrer há quatro dias, não tem como ser feito um exame específio que possa constatar a causa da morte. “O criador ainda me falou que um exame de sangue chegou a ser realizado, no entanto, não se sabe as condições que ele foi feito e que pode não dar nenhum resultado conclusivo”, relata.
